Para representante da OAB, não há saída para uma sociedade fora da política

25 de setembro de 2019 - 11:42

Cancelamento de espetáculos e de exposições, suspensão de edital para a produção audiovisual e até a retirada de uma revista em quadrinhos em plena Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Nas últimas semanas esses fatos têm alimentado um temor de que o Brasil esteja vivendo um período de censura velada em um contexto já turbulento para a cultura do país. O setor contabiliza expressivas perdas no governo Bolsonaro que inclusive extinguiu o ministério da cultura.

Outros setores já começaram a se manifestar contra o que parece ser uma censura no país. A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, protocolou na última segunda-feira, dia 23, um mandado de segurança na Justiça Federal pela manutenção da realização do ato Moro Mente na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense. O evento inclui o lançamento do livro Relações Obscenas: as revelações do The Intercept Brasil que aborda as revelações da série de reportagens da vaza jato. 

Não bastasse isso, no início do mês, o governador João Dória (PSDB) mandou recolher o material escolar de ciências para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental da rede estadual de São Paulo. A apostila explica os conceitos de sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual. Também traz orientações sobre gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.

Movimentos como de João Dória e Jair Bolsonaro alertam observadores internacionais. Para Edison Lanza, relator da OEA para a liberdade de expressão, o presidente da República busca impor relato único e discriminar ideias.

Para falar um pouco mais dos riscos da censura para a democracia no Brasil, o Jornal da TVC recebeu o presidente da Comissão Especial de Advocacia Municipalista do Conselho Federal da OAB, André Costa. Ele foi o convidado desta semana do Análise de Fato. 

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