40 anos do HIV: avanços no tratamento tornam o vírus intransmissível

1 de dezembro de 2021 - 17:33 # # # #

Uma imagem que chocou o país inteiro. Na capa da revista, Cazuza, um dos maiores artistas daquele momento no Brasil, fragilizado pela Aids. Nos anos 80, a doença ainda era quase desconhecida pela ciência e temida pela sociedade. Num ato de coragem, o poeta abandonado foi uma das primeiras pessoas públicas brasileiras a transformar o sofrimento em uma forma de conscientização. Cazuza faleceu dois anos após o diagnóstico.

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Mais de 30 anos separam a capa da revista que estigmatizou durante décadas as pessoas que convivem com HIV do que se vê atualmente. Rhamon Matarazzo é um desses bons exemplos. O ator e pesquisador já convive com o vírus do HIV há 12 anos. Hoje, contando as próprias vivências, ele usa a informação como melhor forma de prevenção.

Os avanços no tratamento contra o vírus foram fundamentais para dar uma melhor condição de vida paras as pessoas que convivem com o HIV. Se uma pessoa vivendo com HIV/Aids está em tratamento antirretroviral, o vírus se torna indetectável, ou seja, a quantidade de vírus no organismo do indivíduo chega ao ponto em que os exames laboratoriais não conseguem detectar. A partir disso, estudos recentes mostram que o vírus, ao ser indetectável, também se torna intransmissível, sem a possibilidade de infectar outras pessoas. Mesmo com esses avanços, é preciso estimular sempre a prática de sexo seguro.

Com todos os progressos, fica evidente que o estigma social é um sintoma muito mais perigoso do que a doença. É preciso lembrar sempre que na sigla de HIV, existe também a palavra humano.