O que significa criminalizar a LGBTfobia

3 de julho de 2019 - 10:44 # # #

Quem praticar atos preconceituosos contra gays e trans deve ser enquadrado no crime de racismo. A criminalização da homofobia, aprovada há menos de um mês pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tornou o Brasil o 43º país a punir com pena e multa quem praticar esses atos.

O que essa mudança representa para a comunidade lgbti+? Esse é o tema desta semana no quadro Análise de Fato, que recebeu a escritora e ativista dos direitos humanos, Helena Vieira.

O debate foi realizado ao longo de três meses no STF. O julgamento começou no dia 13 de fevereiro. Ao todo, os ministros levaram seis sessões para concluí-lo. Dez dos onze juízes reconheceram haver uma demora inconstitucional do legislativo em tratar do tema.

Diante desta omissão, por 8 votos a 3, os magistrados determinaram que a homofobia passe a ser punida pela Lei de Racismo, até que haja uma legislação específica. Segundo a constituição, o racismo é um crime inafiançável e pode ser punido com um a cinco anos de prisão.

O projeto de lei analisado pelo STF tramita desde 2012. Os números mostram a importância da aprovação de uma lei para tratar do assunto, já que é crescente o número de pessoas LGBT mortas ou agredidas no país.

De acordo com o levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia, somente em 2019, a homofobia causou uma morte a cada 23 horas. De janeiro a maio deste ano, foram 141 mortes. O número representa uma queda de 8% em comparação ao mesmo período de 2018, quando foram notificadas 153 mortes.

Apesar de uma queda do número geral, houve um aumento de 14% do número de homicídios, de 111 para 126. O estudo ainda mostra que os estados com mais mortes em números absolutos foram São Paulo (22), Bahia (14), Pará (11) e Rio de Janeiro (9).

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