Teatro Carlos Câmara abre nesta quinta-feira, 1/12, sua nova programação permanente, em parceria entre Secult e Teatro Máquina

1 de dezembro de 2016 - 16:01

No domingo, estreia a temporada de teatro infantil com a peça “Pedro, Que Horas São?”, do Coletivo Paralelo, às 10h (Foto: Divulgação)

O Teatro Carlos Câmara, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, dá início nesta quinta-feira, 1/12, à sua nova programação permanente, em parceria entre a Secult e o grupo Teatro Máquina, selecionado mediante chamada pública para ocupação artística do teatro, localizado na rua Senador Pompeu, 454, Centro. A programação traz muitas novidades, como novos dias e horários para shows e peças de teatro, incluindo espetáculos no intervalo de almoço, de modo a facilitar a presença de trabalhadores, estudantes e outros interessados.

Serão ao todo 42 atividades culturais, ao longo de seis meses, movimentando o Teatro Carlos Câmara e ampliando as opções para o público no Centro da capital cearense. Nesta quinta-feira, abrindo a programação, tem estreia da temporada do espetáculo “Os Miseráveis”, do Grupo Formosura de Teatro, que seguirá em cartaz às quintas, em dois horários, 12h30 e 18h.

A banda Tripulantes da Sabiabarca faz apresentação única de seu show “Céu e Mar”, na sexta-feira, 2/12, às 12h30, em um novo horário para apresentações musicais no Teatro Carlos Câmara. Ainda na sexta-feira, a XXII Turma de Teatro do IFCE apresenta um dos trabalhos de conclusão do curso de Licenciatura, “Montagem”, das 15h às 19h.

No domingo, 4/12, estreia a temporada de teatro infantil com a peça “Pedro, Que Horas São?”, do Coletivo Paralelo, às 10h.

A programação, sempre com entrada franca, oferece opções que vão da música ao teatro, passando pela dança, circo e atividades infantis, em sintonia com a política cultural do Estado, de democratização do acesso à arte e à cultura e de valorização dos artistas cearenses, e com a proposta apresentada pelo Teatro Máquina para o edital, com objetivos como ampla ocupação do TCC, espaço para as mais diferentes propostas estéticas e reforço da relação com o entorno do teatro e com a cidade como um todo. O investimento da Secult na ocupação e na nova programação é de R$ 400 mil.

Os projetos apresentados por artistas e grupos das diferentes linguagens, selecionados para compor a programação do teatro ao longo dos próximos seis meses, atenderam a uma convocatória pública que recebeu mais de 300 inscrições vindas de todo o Estado, comprovando a força do Teatro Carlos Câmara e sua importância para nossa cena, além da expectativa por essa nova temporada de ocupação.

Ocupação pelo Teatro Máquina

A parceria entre a Secult e o Teatro Máquina é resultado da terceira edição de uma chamada pública que seleciona agentes culturais interessados em compartilhar com a Secretaria a gestão do Teatro Carlos Câmara. Desta vez, há uma novidade no conceito da proposta, por se estabelecer como ocupação artística, indo além da programação de atividades. Para Fran Teixeira, diretora do Máquina, “ocupar um teatro público é uma oportunidade de experimentar o compartilhar como política de resistência e de criação”.

O Secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano dos Santos Piúba, destaca a importância da ocupação compartilhada, como uma das possibilidades de gestão dos equipamentos culturais do Estado.

“A Secretaria vem debatendo diferentes modos de pensar e realizar a gestão dos equipamentos, e o Teatro Carlos Câmara vem tendo experiências importantes, com a presença de grupos selecionados via edital para esse ‘pensar junto’ e esse ‘fazer junto’. Desta vez o edital de seleção de grupo foi revisado e avançou bastante, trazendo mais detalhamento sobre a ligação do teatro com a política cultural como um todo e sobre as múltiplas possibilidades que vemos para o TCC”, aponta o secretário.

“Entre os objetivos da ocupação estão diversificar a oferta de produtos, serviços e atividades artístico-culturais cearenses nos espaços e na programação do Teatro Carlos Câmara, promover a formação de público, incentivar a sustentabilidade de artistas, grupos, coletivos, companhias e demais profissionais e empreendimentos culturais de Fortaleza e regiões do Estado, consolidando o teatro como espaço de referência para experimentação artística no âmbito da cultura cearense”, enfatiza Fabiano dos Santos.

“A ocupação artística também tem o objetivo de contribuir com as políticas de requalificação do Centro de Fortaleza, envolvendo as comunidades do entorno, além de colaborar com o desenvolvimento do circuito turístico e cultural, com espetáculos cearenses”, complementa o gestor.

Mais sobre o Máquina e o TCC

Teatro Máquina é um grupo de Fortaleza, em atividade desde 2003. Composto por seis artistas, tem sede no Bairro de Fátima. O grupo mantém em repertório parte de seus espetáculos e se interessa em investigar profundamente a linguagem do teatro, produzindo um teatro contagiado pelo seu tempo e por seus riscos. Mais sobre o grupo: www.teatromaquina.com.

O Teatro Carlos Câmara, espaço histórico para a cena cearense e de efervescente programação na atualidade, é um dos 15 equipamentos culturais mantidos pela Secult, com a missão de promover a difusão da arte e da cultura, buscando fomentar a criação artística, coletiva e inovadora, comprometida com a reflexão e o respeito à diversidade. Inaugurado em outubro de 1974, o teatro foi reaberto em setembro de 2012. Desde 2014 conta com programação artística permanente, mantida pela Secult, com gestão compartilhada com diferentes grupos, sempre por meio de edital, e com artistas selecionados através de convocatória pública.

Confira a programação de 01 a 04 de dezembro

► QUINTAS-FEIRAS

TEATRO // TEMPORADA

Dias 01, 08, 15, 22 de Dezembro | Sessões às 12h30 e 18h30.

Espetáculo Os Miseráveis: O Oléo da Máquina – Grupo Formosura de Teatro

Local: Palco Principal Teatro Carlos Câmara

Duração: 60 minutos

Classificação: 14 anos

Sinopse: A partir do romance de Victor Hugo, o espetáculo é o resultado de pesquisa do grupo sobre o boneco geminado em parceira com o bonequeiro Duda Paiva na III edição do Laboratório de Pesquisa Teatral da Porto Iracema das Artes. Em cena, três atores e três músicos constroem a metáfora cênica para mostrar o inferno das desigualdades sociais com bonecos geminados, que é uma técnica de manipulação onde a interação ator/personagem/boneco acontece de forma singular.

Entrevistas: Graça Freitas | Telefone: (85) 99946-6198 | (85) 98509-3608 | (85) 3295-6939 | E-mail maria.grupoformosura@gmail.com

► SEXTAS-FEIRAS

MÚSICA // APRESENTAÇÃO

Dia 02 de Dezembro | 12h30

Show Céu e Mar – Tripulantes da Sabiabarca

Local: Palco Principal Teatro Carlos Câmara

Classificação: Livre

Sinopse: O espetáculo é um mergulho no oceano, banhado pela Lua cheia. Encontro com o mar, encontro consigo, encontro com o outro, encontros, amor, noite. Uma miscelânea de nuances sonoras que em cena relacionam o cancioneiro popular com a música instrumental

Entrevistas: Carlos Hardy | Telefone: (85) 98654.6109 | Email: hardymusico@gmail.com / tripulantesdasabiabarca@gmail.com

TEATRO // APRESENTAÇÃO

Dia 02 de Dezembro | 15h às 19h.

Espetáculo Montagem – Curso de Licenciatura em Teatro (IFCE)

Local: Palco Principal Teatro Carlos Câmara

Duração: 240 minutos

Classificação: Livre

Sinopse: Montagem é uma montagem. O primeiro grande besouro do mundo. O bug do milênio. O que, antes de ser personagem, foi experiência. O espírito travesso. O que não está em nenhum lugar. A Chapeuzinho Vermelho perdida na floresta. O Saci. é a montagem dos alunos do curso de Licenciatura em Teatro do IFCE, Honório Félix, Junior Barreira, Lucas Galvino, Nataly Barbosa e Tatiana Valente sob orientação de Andrei Bessa.

Entrevistas: Honório Félix | Telefone: 85 99707.1818

► DOMINGOS

TEATRO INFANTIL // TEMPORADA

Dias: 04, 11, 18 de Dezembro às 10h.

Espetáculo Pedro, que horas são? – Coletivo Paralelo

Duração: 50 min

Classificação: Livre

Sinopse: Pedro, que horas são? é uma representação caricaturada do indivíduo contemporâneo, um grito de socorro por todos aqueles que se afundam diariamente nos grilhões da engessada rotina, mas pagam um preço à altura do próprio esforço: a omissão da liberdade em troca de uma suposta qualidade de vida.